Nestas reuniões, continua-se a estudar a mediunidade, sendo compostas por duas partes: na primeira, temos a continuação do estudo da parte teórica da Doutrina; e na segunda, são feitas incursões na parte prática da mediunidade.
N’ “O Livro dos Médiuns”, da autoria do Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, este faz uma belíssima abordagem sobre a mediunidade, afirmando no cap. XIV, ponto 159, o seguinte:
“Toda a pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Esta faculdade é inerente ao homem. Por isso, não constitui qualquer privilégio e são raras as pessoas que não a possuem, pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou menos médiuns. ”
Partindo deste ensinamento, podemos compreender que a mediunidade é o exercício da influência dos Espíritos sobre as pessoas. Esta influência é exercida de acordo com o grau de intensidade que o encarnado possui em relação à sua interacção com os Espíritos.
Kardec também nos revela que todos os homens somos portadores da faculdade mediúnica, uns mais aflorada e outros menos, e que não há nenhum privilégio em ser-se médium, o que o torna responsável pelo exercício que fizer da sua mediunidade: para o Bem ou para o mal.
No próximo parágrafo deste mesmo ponto 159, Kardec ensina que:
“Usualmente, porém, esta qualificação aplica-se somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização [corpo físico] mais ou menos sensitiva.”
Na trabalho mediúnico espírita a caridade é um dos seus princípios básicos, para além do amor ao próximo, do esclarecimento (por meio da doutrinação) e da gratuidade. O médium espírita deve seguir os ensinamentos de Jesus e, entre eles, destaca-se o: “Dai de graça, o que de graça recebesteis.” (Mateus, 10:8). Portanto, no Espiritismo, a mediunidade é gratuita.
A mediunidade deve ser uma prática séria que siga os preceitos de Jesus, tendo como base doutrinária todas as instruções que Allan Kardec nos trouxe, porque o médium deve usá-la para o Bem, trabalhando para Jesus e não para a exaltação da sua vaidade.
Além disso, mediunidade não o livra dos sofrimentos nem das dores, porque não é nenhum ser especial, mas sim um Espírito que aceitou a missão de ser médium para, ao doar-se por meio do exercício da mediunidade com Jesus, resgatar algumas das suas dívidas de outras eras e crescer como Espírito Imortal.